O Departamento de Cultura, através da Secretaria de Cultura do Estado, trouxe para Guararapes o projeto “Viagem Literária” com a presença ilustre do escritor Ricardo Ramos Filho, neto do escritor Graciliano Ramos. O escritor foi recebido pelo prefeito Tarek Dargham, os vereadores Silvio Arias, Luzia Domingues, Edmildo Ferreira e a diretora de Cultura, Dora Leila Henrique.
O evento foi gratuito, na Biblioteca Municipal na última quarta-feira, 21 de junho, às 14h. O bate papo foi aberto aos alunos das escolas públicas, particulares e público em geral, e tornando um ambiente de descontração, que cativou a atenção de todos os presentes. Além de falar sobre a importância da leitura nos dias atuais como base principal da educação do jovem e adolescente, o escritor contou sobre sua vida, como se apaixonou pela leitura e o que fez querer ser escritor. Ricardo contou que a primeira vez que resolveu escrever um poema perguntou ao pai o que achava sobre o que ele havia escrito. “A reação dele não poderia ter sido outra, ele odiou, mas, ao mesmo tempo me ensinou que eu deveria ler poesias para então aprender a escrever poesias e, é claro, o resultado não foi diferente, refiz o poema e ele ficou ótimo! Esse foi meu primeiro contato com a literatura”, comentou Ricardo Ramos.
O escritor também respondeu às perguntas sobre seu livro “SE EU NÃO ME CHAMASSE RAIMUNDO” o qual foi disponibilizado para que todos pudessem ler e conversar a respeito do conteúdo. O livro surgiu da vontade de Ricardo Ramos Filho em homenagear seu avô, Graciliano, as crianças do Instituto do Câncer Infantil do Agreste, em Caruaru (PE) e também de um grande amigo que faleceu de problemas cardíacos.
Para finalizar, o escritor deu uma entrevista deixando um recado para todas as crianças ressaltando a importância da leitura para a formação da vida. Segundo ele, tanto crianças quanto os adolescentes precisam buscar a leitura, porque somente através dos livros pode-se estimular a sensibilidade. “Este é o sentimento que mais falta no nosso país. As pessoas precisam acreditar que podem mudar o país com tudo que há de bonito nos livros”, finalizou Ramos.